domingo, 27 de junho de 2010

Conhece-te a ti mesmo...


A maior característica do raça humana poderia ser a presunção de se considerar a si mesmo sempre numa posição desverasmente elevada ao seu real estado de existência...

Deste modo, povos foram aniquililados por homens que se enxergavam superiores em força,conhecimento e segundo eles... em humanidade... se achavam melhores representantes de sua espécie, e por este motivo, detentores do direito de subjugar semelhantes fins garantir a supremacia da melhor porção da humanidade, porção esta, claro, na qual eram participantes.

Observamos na linha da história homens que representam de maneira fidedigna o parágrafo acima... que mancharam o passado da humanidade com sangue e intolerância... e não é difícil encontrar milhares entre nós que poderiam tecer infinitas páginas de repúdio e desprezo a tais seres.

Quer seja na visão politica... econômica... científica... quer seja onde essa presunção encontra melhor repouso... na religião... homens e mulheres foram capazes de se utilizar dos mais malignos instrumentos para impor sua pseudo-supremacia... justificando seus atos nos mais diversos auto-enganos.

Mas, se tudo isto esteve presente no curso de nossa história e tornou-se exemplo de episódios a serem reverberados para sempre aos quatro cantos do mundo de modo vergonhoso e para sempre repudiados por todos, como ainda podemos constatar dentro de nossa tal evoluída raça a mesma maldita presunção de nos sentimos superiores ao outro?? e olharmos sobre torres nossos semelhantes???

A questão está na ausência do espírito reflexivo que nos levar a olhar para dentro de nossas reentrâncias e ver que independente de nossas capacidades em elucidarmos problemas matemáticos, econômicos, quimicos, ambientais, físicos, biológicos, fisiológicos e teológicos... ... é nossa capacidade de amar nosso semelhante o que de fato nos faz humanos... é nossa consciência de nós mesmo... de nossas limitações... de nossa vital necessidade do outro... seja o outro de cor, raça, nacionalidade, credo religioso, confissão politica ou visão de mundo diferente do seu.

É no processo reflexivo "conhecer-te a ti mesmo" que o homem se enxergar como carente do calor de vida e essência que se encontra no outro... como também, detecta em si as potencialidades de fazer o bem aos seus semelhantes e ao ambiente ao seu redor. Sem contudo, permitir que as mazelas egocêntricas permeiem seu coração.

É tão fácil olhar para o outro de modo crítico e altivo... difícil é enxergar que podemos nos tornar facilmente seres desumanizados, cheios de agruras e maldades... e que isso acontece no dia a dia... em cada momento onde deixamos de refletir sobre nosso modo de caminhar sob o chão da existência... quando deixamos nossas diferenças de percepção de mundo superar nossa capacidade de amar.